O Propósito Missionário

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Alan Rossin

Por André Luís Gil

A missão deve ser encarnada na concretude da vida. Toda atividade missionária parte da ação do próprio Cristo Verbo encarnado, e se enraíza na vida de cada batizado, que é convidado, de acordo com seu estado de vida, a anunciar e realizar as obras de Jesus por meio da ação do Espirito Santo na Igreja.

Portanto, tendo como ponto de partida a relação Trinitária, cada batizado é convidado a cultivar uma relação profunda com Deus, por meio da escuta da Palavra e no conhecimento de si próprio, desdobrando-se na ação missionária de anúncio e serviço aos irmãos de todo o mundo, pois o anúncio da Boa Nova não é propriedade exclusiva de nenhum grupo específico, mas para todos sem distinção: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. ” Mc 16,15.

A Missão Salifica é obra de Cristo, pertence a Ação do próprio Deus que deseja resgatar a humanidade perdida.

O discípulo missionário é convidado a realizar a obra do Cristo em todas a periferias existenciais, de acordo com o seu chamado e a sua vocação.

O cuidado com os irmãos da própria comunidade em que se vive é primordial, uma vez que, é no cuidado fraterno que se realiza o anúncio por meio da vivência cristã autêntica, que se estende no serviço aos irmãos em todas as condições da vida social.

Cultivar uma espiritualidade missionária é essencial para o bom desenvolvimento e formação do discípulo missionário, e por consequência de toda a comunidade cristã que nasce em sua originalidade no encontro com a Palavra anunciada.

A Caridade, a partilha da vida e da Palavra é sem dúvida, um norte para qualquer ação missionária, que tem como fonte de toda a sua existência a Santa Missa, a beleza da Liturgia que alimenta o Povo de Deus, meio pelo qual Jesus doa-se inteiramente, no Sacramento da Eucaristia. Sem este norte toda e qualquer ação mingua em si mesma.

A organização de toda ação missionária em qualquer tempo, deve ser feita com muita simplicidade e dinamismo, pautadas na Escuta da Palavra, na oração comunitária, na formação, no anúncio da Boa Nova e na ação Caritativa, realizados por meio da comunhão fraterna.

Sendo assim, o espírito de acolhida é fundamental. Da mesma forma, é necessário que se proporcione espaços para a partilha da vida, para a oração com a Palavra e a formação, proporcionando o despertar do ardor missionário que é próprio de uma vida desperta em Cristo.

É essencial cultivar a abertura do mundial idade, uma vez que, habitantes da casa comum, todos são convidados a tomar consciência de ser parte de toda a obra criativa de Deus, chamados a cuidar do planeta e dos irmãos em todo o mundo, com a oração de intercessão e, quando possível, a ajuda material aos irmãos que sofrem. O anúncio é para todos em todos os lugares e condições de vida.

Todas as estruturas carecem de simplicidade e eficácia, o discípulo missionário é convidado a acolher a providência de Deus no dia a dia, por isso, a excessiva preocupação com estruturas rebuscadas em nada ajuda a ação missionária.

Por fim, o discípulo missionário encontra sua vida em Cristo na participação ativa e consciente na celebração dos Sacramentos, em especial na Santa Missa, imitando na própria vida as atitudes de Cristo. Fel 2,1-11

André Luís Gil
Secretário do COMIDI da Diocese de Ourinhos