Dízimo: Experiência de fé

Por Silvia Romano

Basta olhar ao nosso redor para contemplar as maravilhas que o Pai do céu criou para nós. Toda criação foi para um único fim, para que o homem usufruísse, formando famílias e comunidades. É da criação de Deus que tiramos nosso sustento físico, é da diversidade de dons que provém a convivência fraterna, do amor incondicional do Pai bondoso, que nos fortalecemos no amor ao próximo, reflexo da Trindade Santa.

Contemplando todas essas maravilhas, me pergunto: “De que forma posso testemunhar tanto amor que recebo, tantas graças e bênçãos? ”....

Deus me dá porque é bom e me ama como filho; não importa quão bom ou ingrato eu sou. Ele me ama, porque é o puro amor!

Alguns anos atrás (não muitos), resolvi fazer a experiência de ser dizimista. Ser dizimista é uma atitude e uma decisão pessoal, dentro do livre arbítrio que o Senhor nos concede.  Desta forma, percebi que o dízimo não é pagamento (Deus não precisa do meu dinheiro), mas uma maneira de “devolver” uma pequena parte de tudo que Ele me dá: o dom da vida, o dom da inteligência, da saúde, de ter a oportunidade de exercer uma profissão para o meu sustento e da família com que me agraciou, e tantas outras bênçãos e graças.

Tornar dizimista me mostrou o quanto é gratificante chegar para a Celebração e encontrar o Templo limpo, preparado e acolhedor; o sacerdote que me traz Jesus Eucarístico, o Pão que alimenta meu corpo e minha alma; a comunidade reunida em um momento de louvor e súplicas, onde partilhamos nossa fé, nossos dons e carismas; sinto que estou na extensão da minha casa. Com isso, pertenço, sou parte integrante da minha comunidade e da edificação do Reino, que Jesus anunciou.

Ser dizimista é um ato de fé, pois, devolvendo o dízimo com alegria e compromisso, estou adorando, testemunhando que o Senhor me ama e é fiel! Acredito na fé que professo e na Igreja, pois sem a fé, estaria fazendo uma doação, uma obra social.

Dízimo é partilha, que nos conduz à uma mudança de atitude e ao desapego, que nos encaminha para a verdadeira conversão, caminho direto para o coração de Deus!

A Igreja não obriga nenhum fiel a devolver o dízimo, mas propõe, que cada cristão faça a experiência de ser dizimista, não só financeiramente, mas devolvendo na comunidade um pouco dos talentos e dons, que o Espírito Santo derrama sobre a Igreja, que somos nós.

Dízimo não é Lei (como era no Antigo Testamento), dízimo a partir de Jesus Cristo é adesão ao Plano de Deus, é testemunhar o amor insondável, inabalável e incansável de Deus por cada um de seus filhos.

Não espere mais, faça essa experiência de fé!

Deus abençoe os dizimistas, e a todos que são chamados à essa vivência e fé partilhada!

Silvia Romano
Catequista