Santas Missões na Diocese de Ourinhos

Por Diácono Reynaldo Medaglia

Nos dias 22 e 24 de julho, na Diocese de Ourinhos, tivemos um Encontro de Formação das Santas Missões Populares com seu idealizador, Pe. Luís Mosconi, de Belém do Pará, que trouxe consigo o Pe. Ângelo Figueira, de São José do Campos.

Encontro com o Clero no Seminário Diocesano – 22 de julho de 2022

Dom Eduardo Vieira dos Santos e a maioria dos padres e diáconos da Diocese, estiveram presentes nesse primeiro encontro, numa sexta-feira, no qual Pe. Luís apresentou as Santas Missões Populares, relembrando os passos de sua primeira vinda à nossa Diocese em 2008-2010, deixando clara a sua experiência de evangelização voltada para o povo, seu conteúdo e metodologia.

Nesta ocasião, Pe. Luís Mosconi deu ênfase à necessidade de que as pessoas sejam acolhidas, valorizadas, incluídas e comprometidas com a comunidade. É na comunidade que todos devem encontrar seu lugar e tornar-se corresponsáveis pela missão. No entanto, a missão não acontece sem formação dos discípulos missionários.  Conforme o Documento de Aparecida, ela se dá a partir do encontro com Jesus, que nos leva à conversão, clama por oração, leitura e estudo orante da Palavra. Ao descortinar as SMPs, Pe. Luís Mosconi, falou também das etapas de preparação dos missionários, com vistas à comunhão eclesial e ao Pilar da Ação Missionária (DGAE da Igreja 2019-2023).

Encontro com Leigos – 24 de julho de 2022

O dia de formação teve início com a Santa Missa, presidida por D. Eduardo, e concelebrada pelo padre Luiz Mosconi, padre Ângelo Figueira e padre Gilson Tomaz de Aquino, que é o assessor do COMIDI. Logo após, Pe. Luís Mosconi reuniu-se, desta vez, com cerca de 350 leigos, no salão da paróquia Santo Antônio de Ourinhos.

Durante o encontro, conclamou os leigos a buscarem formação, pois a missão só acontece a partir de uma sólida formação dos discípulos missionários. “O discípulo não pode ficar parado. Ele vai ao povo, visita as pessoas, entra nas casas e comunidades, ultrapassa as fronteiras geográficas, culturais, sociais, e, se preciso, vai aos confins da terra”, disse Pe. Luís.

Ao falar incansavelmente aos leigos de toda a diocese, durante o dia todo, Pe. Luís exortou a todos que procurassem reunir em pequenas comunidades as pessoas que têm fome e sede da Palavra de Deus, pois, essa é a tônica do povo brasileiro. No macrocosmo da paróquia talvez isso se apresente como um grande desafio, porém, se as paróquias forem setorizadas, o trabalho missionário da evangelização se torna mais fácil, e mais prazeroso.

Mundo atual e necessidade de estudar e orar com o Evangelho

Em sua fala, Pe. Luís afirmou que vivemos em uma “sociedade líquida”, num mundo em constante mudança, onde tudo é diferente a cada dia, valores antes fundamentais estão sendo trocados por coisas efêmeras, na procura da felicidade, que está sendo confundida com satisfações de paixões... O sagrado está sendo relegado a um plano insignificante. “É preciso que a Igreja que somos todos nós, nos lembremos que Jesus não é uma doutrina, e sim um estilo de vida. Jesus não foi um simples homem, ele é uma pessoa divina” –  disse Pe. Luís, ressaltando que “a divindade é a plenitude da humanidade”.

Pe. Luís enfatizou ainda: “Comunidade não é luxo, é necessidade”. Então cabe ao missionário não apenas fazer uma leitura orante do Evangelho, mas sim, um estudo orante do Evangelho em comunidade.

Ao final desse dia inesquecível, Pe. Celso Alexandre, em nome da Diocese, agradeceu a presença e os ensinamentos de Pe. Luís Mosconi e Pe Figueira. E ainda, atendendo aos anseios de todos, pediu ao Pe. Luís que as Santas Missões Populares se consolidem em nossa Diocese, e para isso formalizou o convite para que retorne à nossa casa diocesana para a continuidade da Missão.

Diácono Reynaldo Medaglia
Diácono