Bispos

Dom Eduardo Vieira do Santos - Bispo Diocesano

Nascimento: 18/03/1965, Bom Sucesso - PR
Primeira Profissão religiosa: Congregação de Santa Cruz - SP (1988)
Ordenação Presbiteral: 15/12/2000, São Paulo - SP
Ordenação Episcopal: 07/02/2015, São Paulo - SP

Dom Eduardo Vieira dos Santos nasceu no dia 18.03.1965 em Bom Sucesso, PR. Em 1988 entrou na Congregação de Santa Cruz, em São Paulo, chegando a emitir os votos solenes e a receber a Ordem do diaconato no mesmo Instituto.

Em 15.12.2000 foi ordenado sacerdote, sendo incardinado na Arquidiocese de São Paulo. Em seguida, foi Pároco da Paróquia São João Gualberto durante sete anos. De 2008 a 2013 foi Vice-Reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor da Arquidiocese de São Paulo.

Ao mesmo tempo, era encarregado de acompanhar os Diáconos Permanentes da Arquidiocese. Desde 01.11.2008 desempenhou o cargo de Chanceler do Arcebispado de São Paulo e, desde 01.08.2013 foi o Cura da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo Apóstolo, de São Paulo.

Além do bacharelado e da licenciatura em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é graduado em Teologia pelo Instituto Teológico Pio XI, de São Paulo. Conseguiu o mestrado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma (PUL), através do Instituto de Direito Canônico "Padre Dr. Giuseppe Benito Pegoraro", atual Faculdade de Direito Canônico - São Paulo Apóstolo, de São Paulo.

Aos 19 de Maio de 2021, o Santo Padre, o Papa Francisco nomeou Dom Eduardo Vieira dos Santos como 2o Bispo da Diocese de Ourinhos. Sua posse como Bispo Diocesano de Ourinhos aos 03 de julho de 2021, Festa de São Tomé, Apóstolo.

Atividades Pastorais e Acadêmicas desenvolvidas

  • Bacharelado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
  • Licenciatura em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
  • Graduado em Teologia pelo Instituto Teológico Pio XI, de São Paulo
  • Mestrado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma (PUL), através do Instituto de Direito Canônico "Padre Dr. Giuseppe Benito Pegoraro", atual Faculdade de Direito Canônico - São Paulo Apóstolo, de São Paulo
  • Pároco da paróquia São João Gualberto (2008 a 2013)
  • Vice-Reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor, da arquidiocese de São Paulo
  • Encarregado de acompanhar os Diáconos Permanentes da Arquidiocese
  • Chanceler do Arcebispado de São Paulo (desde 01/11/2008)
  • Cura da Catedral Metropolitana - Nossa Senhora da Assunção e São Paulo Apóstolo, de São Paulo (desde 01/08/2013)

Brasão e Lema

Lema: Gaudete in Domino

Descrição Heráldica
Escudo eclesiástico, partido: primeiro de blau com uma vieira de argente em chefe e segundo de goles com um infólio aberto de argente com capa de ouro sobreposto por um gládio de argente guarnecido de jalde em chefe; brocante a divisão do escudo duas âncoras de argente passadas em aspa tendo uma cruz de jalde sobreposta ao conjunto. O escudo está pousado sobre uma cruz hastil de ouro. O todo é encimado pelo chapéu prelatício de abas largas de sinople, forrado de goles, com seus cordões em cada flanco. As borlas, em número de doze são dispostas seis por parte, em três ordens de 1, 2 e 3, tudo de sinople. Brocante a ponta da cruz um listel de blau com a legenda, em letras de argente: GAUDETE IN DOMINO.

Significado
O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. A forma, com sete pontas, evoca a plenitude dos dons, os quais a Igreja é portadora, pela ação do Espírito Santo. Partido, evoca a divindade e a humanidade plenas de Jesus Cristo.

- O primeiro campo representa a Virgem Santíssima, sob cuja proteção o bispo colocou sua vida sacerdotal. De esmalte blau (azul), próprio do manto mariano que, na heráldica, tem o significado de divindade, justiça, formosura, doçura, nobreza, vigilância, serenidade, constância, fortaleza, dignidade, zelo e lealdade, ostenta a Vieira (concha) de argente (prata), metal que simboliza a inocência, felicidade, pureza, castidade, lisura, verdade, franqueza, amizade e integridade.

- A Vieira tem três significados:

. O primeiro, de cunho teológico, recorda a passagem de Santo Agostinho, que, encontrando um jovem na praia, que com uma concha procurava pôr toda a água do mar num buraco cavado na areia, lhe perguntou o que fazia, e, tendo obtido a resposta, explicou-lhe a sua vã tentativa, e, assim, Santo Agostinho compreendeu a referência ao seu inútil esforço de procurar fazer entrar a infinidade de Deus na limitada mente humana: está aí expresso um convite ao conhecimento de Deus, mesmo na humildade da incapacidade humana.

. O segundo significado da Vieira, já há séculos utilizado, é o do peregrino, simbolismo que deve nortear a vida de todo presbítero, anunciando o Evangelho a toda criatura. E, por último, a Vieira representa o mistério da Encarnação do Verbo no seio da Virgem Maria, pela qual é representada: a Virgem não é a pérola, mas a carrega em seu interior.

O segundo campo representa São Paulo Apóstolo, numa referência ao padroeiro do Estado, da cidade e da Arquidiocese. O esmalte goles (vermelho) simboliza audácia, valor, galhardia, nobreza, magnanimidade, vitória, honra, intrepidez, martírio e representa o fogo da caridade inflamada no coração do bispo pelo Divino Espírito Santo, que o inspira e o conduz no pastoreio dos fiéis, bem como o valor e o socorro aos necessitados, que deve dispensar em favor daqueles que sofrem. O In-fólio (livro) com o Gládio (espada), de argente e de jalde (ouro) – este que simboliza nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio, todas as virtudes essenciais num bispo – fazem alusão à pregação do apóstolo e do seu martírio.

As âncoras e a cruz (nos seus metais com seus significados já descritos) são símbolos da Congregação de Santa Cruz, na qual o bispo iniciou sua vida eclesial.

- As Âncoras simbolizam a fixação do Amor Infinito no lenho da cruz. Do lenho da cruz acredita-se brotar vida nova pelo fato da Ressurreição.

- A cruz é o feito do Amor infinito de Deus. Uma das âncoras é a fé do religioso no Mistério Pascal. A outra marca sua esperança na vitória do amor sobre o ódio. A Cruz simboliza, também, a vulnerabilidade do próprio amor. Quem mais ama é sempre o mais vulnerável. Foi o Amor infinito que deixou Jesus ser pregado na cruz. Se não fosse a nossa fé no poder do amor, a cruz seria um absurdo ou uma loucura (1 Cor 1,18.23). De um lado, Jesus está ancorado à vontade amorosa do Pai. De outro lado, ele está ancorado à humanidade pela sua encarnação e mergulhado no meio dos sofrimentos humanos numa operação salvadora. Assim, os cristãos são chamados a serem portadores de esperança desde a Cruz de Cristo.

Unido à Cruz Hastil (processional) de uma barra, timbra o escudo o Chapéu Prelatício de sinople (verde) com doze bolas da mesma cor – os quais conferem a dignidade episcopal ao conjunto.

O Lema episcopalGAUDETE IN DOMINO‖ é um versículo tirado da Carta de São Paulo aos Filipenses: ―Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos!‖ (Fl 4,4). ―A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. (...) O grande risco do mundo atual, com a sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando-se em pessoas ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha duma vida digna e plena, este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito que jorra do coração de Cristo ressuscitado. (...) Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que ̳da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído‘ (Beato PAULO VI, Exort. ap. ̳Gaudete in Domino‘ – 09/05/1975). (Papa FRANCISCO, Exort. ap. ―Evangelli Gaudium – 24/11/2013).

Dom Salvador Paruzzo - Bispo Emérito

Nascimento: 15 de Outubro de 1945 em Montedoro, Província de Caltanissetta, Itália
Ordenação Sacerdotal: 29 de Junho de 1969
Missionário no Brasil: Desde 1979 (Fidei Donum)
Sagração Episcopal: 19 de Março de 1999
Bispo de Ourinhos: Desde 21 de Março de 1999

Estudos
Ensino Fundamental e Básico: Montedoro 1951-1956 (Primario)
Ensino Médio: Caltanissetta, Seminário Episcopal 1956-1959 / 1959-1961 (Ginásio)
Liceu Clássico: Caltanissetta, Seminário Episcopal 1961-1964
Teologia: Caltanissetta, Seminário Episcopal 1964-1969

Dom Salvador Paruzzo nasceu em Montedoro, província de Caltanissetta (Itália), em 15 de outubro de 1945, filho de Alessandro Paruzzo e Luigina Morreale Paruzzo. Seus pais, já falecidos, tiveram cinco filhos: Felicetta, Calogero, Giovanni e Alessandra, sendo Salvador o terceiro filho. A mãe ficou viúva em 1949 depois de oito anos de casamento, e levou em frente a família com coragem e determinação.

Dom Salvador realizou os estudos para o sacerdócio no Seminário Episcopal de Caltanissetta.

- Foi ordenado sacerdote por Dom Francisco Monaco, no dia 29 de junho de 1969. Nos seus 51 anos de vida sacerdotal trabalhou dez anos na Diocese de Caltanissetta, dez anos na Diocese de Piracicaba e outros dez anos na Diocese de Osasco.

- Na Diocese de Caltanissetta foi vigário em 1969, na Paróquia Santa Luzia em Caltanissetta, assistente diocesano dos Juniores da Ação Católica;

- Em 1970 participou da Escola Sacerdotal do Movimento dos Focolares em Grottaferrata (Roma);

- No ano de 1973 foi vigário na Paróquia de Santa Bárbara (Terrapelata) em Caltanissetta;

- Em 1974 Arcipreste na Paróquia Matriz de Nossa Senhora do Rosário em Montedoro (CL);

- Em 1976 Arcipreste na Paróquia Matriz de São Ludovico em Mussomeli (CL) e Delegado do Movimento "Paróquias Novas" para toda a Sicília.

Como missionário "FideiDonum" foi enviado pelo bispo Dom Alfredo Maria Garcia de Caltanissetta ao bispo de Piracicaba (SP), Dom Aniger Maria de Melillo. Durante os dez anos em que atuou na Diocese de Piracicaba foi vigário na Paróquia de São Pedro (Vila Rezende) em 1979, e com o novo bispo Dom Eduardo Koaik trabalhou como Diretor Espiritual dos seminaristas de filosofia da diocese, em 1980.

Foi animador diocesano da Pastoral Vocacional, Delegado do Movimento "Paróquias Novas" para os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. Em 1984 foi Reitor do Seminário Teológico da Diocese e Vigário na Paróquia São José em Santa Bárbara D'Oeste, além de ser membro do Conselho dos Presbíteros.

Na Diocese de Osasco, com o bispo Dom Francisco Manuel Vieira, atuou como Vigário na Paróquia Nossa Senhora das Graças em Vargem Grande Paulista; Foi membro do Conselho de Presbíteros, membro da equipe diocesana de formação permanente do clero, assistente na Mariápolis Araceli (agora Ginetta), delegado dos sacerdotes responsável pela Escola Sacerdotal, diretor da revista "Perspectivas de Comunhão", membro da redação da revista "Cidade Nova".

 

No dia 15 de dezembro de 1998 o Santo Padre, o Papa João Paulo II erigiu a nova Diocese de Ourinhos, com território desmembrado da Arquidiocese de Botucatu e das Dioceses de Assis e Itapeva. Deste modo, nomeou o Padre Salvador Paruzzo como primeiro bispo de nova Diocese. No dia 30 de dezembro de 1998 a Santa Sé tornou pública a nomeação e, no dia 19 de março, Dom Salvador Paruzzo foi ordenado bispo na MariápolisAraceli pelo Arcebispo de Botucatu Dom Antonio Maria Mucciolo, tomando posse da nova Diocese em 21 de março de 1999.

Brasão e Lema

Escudo: partido de azul e vermelho. A estrela no Campo azul, representa a Obra de Maria que sustenta o "sim "do novo Bispo dado a Deus e à Igreja.

Cordeiro do Apocalipse: imolado, mas vivo e glorioso, representa Jesus, crucificado e abandonado mas ressuscitado, chave para o construção da unidade.

Insígnias episcopais: chapéu prelatício verde com três fileiras de borlas; báculo, atrás do escudo, sinal do bispo-pastor que conduz o rebanho.

Lema: "Bonum mihi Dominus" (Psalmus 16,2)

"És tu, Senhor, meu único bem" (Salmo 16,2)

Comentários
"Significa colocar acima dos nossos pensamentos, no centro do nosso coração não tanto aquilo que nos agrada, mas aquilo que nos pode custar: como renegar a nós mesmos, com as virtudes, e tomar cada dia a própria cruz...

É nisso que devemos encontrar uma alegria especial... Quem é realmente apaixonado por Deus e quer atingir a perfeição, não tem medo de amar aquilo que facilita o acesso a essa meta...Quando percebemos que o sofrimento se aproxima, repitamos com são Francisco: "Esta é perfeita alegria". É como dizer no seu pleno significado: "És tu, Senhor, meu único bem"... É assim que podemos progredir na vida, ou melhor, voar; deixar um rastro luminoso e arrastar muitas pessoas. Força! Coragem! E nada de medo!"

Chiara Lubich