A vida humana guiada pelas mãos de Deus
Por Pe. Welder Sérgio Rangel Rosa
Assistente Eclesiástico da Pastoral da Saúde
De 1 a 8 de outubro, a Igreja celebra a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro. Por esta ocasião também somos convidados à reflexão sobre a vida e dignidade da pessoa idosa, cuja pastoral respectiva tem como tema este ano “Idosos, memória viva da nossa história: Na velhice darão frutos” (Sl 92,15).
Celebrar a hora da vida é também celebrar o dom da vida dado pelo próprio Deus, como nos recorda São João Paulo II em sua encíclica Evangelium Vitae: todo homem sinceramente aberto à verdade e ao bem pode pela luz da razão e com secreto influxo da graça, chegar a reconhecer na lei natural inscrita no coração (cf. Rm 2, 14-15), o valor sagrado da vida humana desde seu início até ao seu término, e afirmar o direito que todo o ser humano tem de ver plenamente respeitado este seu bem primário.
Refletir sobre a vida é também valorizar os idosos, pois eles transmitem a experiência de suas vidas através de histórias que contam para seus netos e bisnetos, como também pelas alegrias e sofrimentos que trazem consigo e expressam em todos os valores que conservam.
O Papa Francisco escolheu como tema para o dia mundial dos avós e dos idosos (dia 28 de junho deste ano) o tema “Na velhice não me abandones” (Sl 71,9). Com essa temática o Papa Francisco quer nos fazer refletir sobre a valorização das pessoas idosas, sendo que, muitas vezes, encontram-se abandonados, vivendo a solidão, sendo vítimas da cultura do descarte. O tema escolhido pelo sumo pontífice é retirado do Salmo 71, da súplica de um ancião que reconstrói sua história de amizade com Deus.
Para sermos verdadeiramente um povo a serviço da vida e que valoriza a pessoa idosa, temos de propor caminhos para vencermos as urgências de nosso tempo. A sociedade hodierna precisa voltar às fontes do Evangelho com coragem, atualizando o nosso testemunho, nossa pregação, a educação e as relações interpessoais. A pessoa idosa nunca pode ser menosprezada, pois “a velhice goza de prodígios e é circundada de veneração” (2Mc 6,23).